por Célio Heitor Guimarães
No texto anterior, ao elogiar Tabata Amaral, candidata à prefeitura de São Paulo, lamentei não termos aqui em Curitiba uma Tabata para votar. Foi o que bastou para que o casal Edson – Rose Dalagassa, companheiro de vida e de posição ideológica, me alertasse: “Dê uma olhada na candidata do PSOL para a prefeitura de Curitiba. Parece ser uma candidata bem informada e com um discurso coerente”. Referia-se à Andréa Caldas.
Prestar atenção em Andréa no horário político da TV fica difícil porque o PSOL, partido dela, por ser pequeno e não admitir coligações, recebeu meros 25 segundos de tempo.
No entanto, fui escarafunchar no prof. Google e soube que Andréa Caldas não é pouca coisa. Professora na UFPR, possui graduação em pedagogia e mestrado em educação pela mesma universidade. É também Doutora na área de Educação, com experiência em Educação Escolar, atuando principalmente nos temas gestão escolar, sociedade civil, trabalho docente e políticas educacionais. Atua como pesquisadora e consultora na área de políticas educacionais e movimentos das Universidades Públicas (FORIMDIR). Atuou como conselheira no Conselho Municipal de Educação, foi coordenadora do Fórum Estadual de Educação do Paraná e realizou estágio pós-doutoral no Programa de Pós Graduação em Educação na UFRS.
Quer dizer: no mínimo, é um currículo que talvez nem caiba no Palácio Rio Branco. Mas, sem dúvida, a professora Andréa mereceria compor a Câmara Municipal de Curitiba. No entanto, como a paulistana Tabata Amaral, padece do desconhecimento do eleitorado. É respeitada no meio acadêmico e educacional, mas, infelizmente, segue desconhecida pela população que vota.
A representatividade dos políticos na Câmara Federal é utilizada como base de cálculo para a distribuição do tempo da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Como a bancada do PSOL tem atualmente apenas 13 deputados – a maior da sua história, registre-se – ao candidato do partido restaram 25 segundos. Atende à legislação, mas, no fundo, não deixa de ser profundamente injusto para o fim a que se destina.
A única oportunidade de Andréa aparecer no vídeo é no espaço Compromissos de Campanha, mantido no noticiário Boa Noite, Paraná, da RPC.
De todo modo, corrigindo-me do comentário anterior, recomendo, com satisfação, o nome de Andréa Caldas no pleito municipal que se aproxima, ainda que essa recomendação, no final das contas, pouco resultado venha a ter. Cumpro, ao menos, o meu dever de cidadão e atendo o desejo do Rafael de não entregar a sua Curitibinha para qualquer um.
Vamos de Andréa, eleitor curitibano!
A maior das injustiças é a desigualdade de tempo entre candidatos devido a “venda” do tempo através coligações. Este desequilíbrio muitas vezes não dá luz,visibilidade para os demais, de maneira democrática. São regras de um jogo combinado nos bastidores, sendo o povo mero instrume-nto, induzido e manipulados sem conhecer os demais.
Quando o autor do texto, que tem instrução ímpar,teve de pesquisar a vida dos candidatos, imaginem nós povo.
Infelizmente a escolha se da ao mais popular e quem soube iludir com promessas e, não serao cumpridas.
Como disse um Promotor da Justiça Eleitoral : “voto não tem preço, tem consequência”!!!!