por Mônica Bergamo, na FSP
Medida causou constrangimento aos servidores do gabinete, já que ele foi afastado apenas preventivamente de suas funções
O Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) decidiu despejar o juiz Eduardo Appio de sua sala na Justiça Federal. Em um despacho, o corregedor regional Cândido Leal Júnior determina que todos os bens particulares do magistrado fossem retirados de seu gabinete na 13a Vara Federal de Curitiba, que se celebrizou na Operação Lava Jato.
A medida causou constrangimento aos servidores do gabinete, já que Appio foi afastado apenas preventivamente de suas funções, e recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para voltar ao cargo.
Em seu despacho, o corregedor Leal autoriza o diretor da 13a Vara Federal, com apoio da diretora administrativa da seção, a pegarem todos os objetos de Appio e devolverem ao juiz. Até mesmo retratos da família dele e desenhos de sua filha devem ser retirados do local.
“A diligência deverá ser realizada com discrição”, determina Leal.
Ao assumir a 13a Vara Federal de Curitiba, Appio começou a passar um pente fino em decisões judiciais e administrativas da Operação Lava Jato, revertendo várias delas. E passou a ser criticado por ex-integrantes da operação, como Sergio Moro e Deltan Dallagnol, entre outros.
No mês passado, ele foi acusado de passar um trote em João Malucelli, namorado da filha de Moro e sócio da família do senador em um escritório de advocacia.
João Malucelli é filho de um desembargador do TRF-4, Marcelo Malucelli, que estava sendo acusado de parcialidade em decisões da Lava Jato pelas ligações de sua família com a de Moro.
Por causa da acusação de trote, Appio foi liminarmente afastado de suas funções pelo TRF-4. Mas a decisão não é definitiva e ainda será analisada pelo CNJ.
O grau de estrelismo desse tribunal, impressiona. Se há uma investigação por um órgão hierarquicamente superior e diversas decisões monocráticas partem dele como um verdadeiro convescote de burgueses aliados ou talvez um exército de privilégiados não percebem que pioram e dificultam as coisas ao seu maior interessado: O marreco de Maringá. Que ainda veste a roupa do Senado República. Será por pouco tempo. Assim como uma determinação: seja do CNJ, seja do STJ pra reparar os erros. Um tribunal inteiro enlameado. Vergonha e desprezo por eles.
“Convescote de burgueses” Boa!!! Está acontecendo nesta semana, primeiro em Roma, depois Paris…