16:22Câmara aprova convite a Gabriela Hardt e pai para explicarem suposta pirataria envolvendo a Petrobras

da CartaCapital

O pedido de explicações se refere a um caso envolvendo a tecnologia Petrosix, criada para transformar xisto em óleo e gás

Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou o convite para serem ouvidos os funcionários públicos aposentados da Petrobras, Jorge Hardt Filho, João Carlos Gobbo e João Carlos Wink para esclarecimentos acerca do vazamento de documentos corporativos, reservados e confidenciais no período que prestaram serviços na Petrobras Six, localizada em São Mateus do Sul.

O pedido se estende também a juíza federal Gabriela Hardt, atual responsável pelos processos relacionados à Operação Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba, para prestar depoimento sobre investigações que envolvam venda de informações no âmbito da Petrobras.

O requerimento foi apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT). Por ser um convite, os quatro não são obrigados a comparecer à sessão.

O documento cita suspeitas de vazamento e uso privilegiado de informações protegidas da Petrobras. Jorge Hardt Filho foi funcionário da estatal até a década de 1990 e, após se aposentar, passou a prestar consultoria a empresas privadas.

O pedido de explicações se refere a um caso envolvendo a tecnologia Petrosix, criada para transformar xisto em óleo e gás.

Um relatório de 2012 sobre uma investigação interna da Petrobras envolvendo o caso concluiu que “as evidências apontadas permitiram identificar que as empresas IRATI ENERGIA, FORBES ENERGY e GOSH, todas vinculadas ao grupo FORBES & MANHATTAN, utilizaram-se de informações privilegiadas”.

Segundo os documentos, os contratados da empresa Engevix João Carlos Gobbo, Jorge Hardt Filho e João Carlos Winck tiveram acesso às informações que foram repassadas ilegalmente pela FORBES & Manhattan.

Conforme afirmado pelo deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ignorado a recomendação da Petrobras de não negociar com a empresa suspeita e vendeu a subsidiária Petrobras Six ao grupo empresarial, pelo valor de 200 milhões de reais, o equivalente a um ano de lucro da empresa.

O parlamentar cita que pode ter havido prejuízos aos cofres públicos, enriquecimento ilícito e atentado contra os princípios da administração pública.

Uma das empresas que contratou Jorge Hardt Filho é a Engevix, construtora atingida na Operação Lava Jato.

Sobre o caso, há uma investigação em trâmite no Tribunal de Contas da União, que corre em sigilo.

 

Uma ideia sobre “Câmara aprova convite a Gabriela Hardt e pai para explicarem suposta pirataria envolvendo a Petrobras

  1. Fazendo História

    O Tadeu Venérei poderia chamar o Pedro Barusco também

    O ex-gerente, um dos primeiros delatores da operação, devolveu US$ 97 milhões aos cofres da Petrobras, como determinado no acordo da época.

    Para justificar a retirada do sigilo da delação, que foi determinado pelo então juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (União Brasil), Eduardo Appio afirmou que “há efetivo interesse público relevante como fonte fiel de um registro histórico para as gerações futuras de todos os fatos narrados por Pedro Barusco”.

    https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2023/05/03/justica-federal-determina-retirada-de-sigilo-da-delacao-premiada-de-pedro-barusco-ex-gerente-da-petrobras-condenado-na-lava-jato.ghtml

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