ELA NÃO VAI SUMIR
E a garota
me olha do portão.
Ela sorri
não pela última vez
não já
agora não.
E a garota
me acena a mão.
Ela logo ali
não, nada vai morrer
não agora
não dessa vez.
A garota
me sai da visão.
Quem fica aqui?
Nada vai desaparecer
não tão já
não tanto faz.
A garota
passou pelo vão.
Quem sabe,
só mais uma ida
que um dia escapa
da escuridão.
Nada não.
Quanta vida vai nos passos
que passam o portão?