SOCANDO PORTA DE QUARTEL
Separados, mas não desunidos. Uns lá, outros cá, mas todos juntos na mesma ideia idiota de que amanhã será outro dia. Tolinhos. Quando estivermos amanhã diremos hoje, o amanhã é o hoje de amanhã. O tempo não para, já nos avisava Cazuza. Essas mensagens importantes tem sido passadas aos acólitos no tamborilar de dedos do Indesbrochavel.
A patroínha, toda religiosa, tinha dito em língua de anjo caÍdo que acauê mbará tateto sacumé, porque desconhece a linguagem do tamborilar, que é onde se escondem os mistérios. O capitão-de-mato tamborilou e o generau Ele Não foi lépido na tradução: “Esperem mais dezessete dias que vamos chover no molhado”. Mas patroínha conhecia bem o marido que tinha e destraduziu para: “Uma ema! Meu reino por uma ema!” Daí, Belzebu chegou e disse assim que ia retornar aos quintos porque só rolava papo magro naquele quarto de hotel.