A última tentativa
de me entrevistar contigo
foi um grande fracasso.
Acendi incensos, decorei com flores
– e nada de ti, Senhor.
Amanheci frustrado e
fatigado como se dançasse
a noite inteira nos infernos.
Resolvi então fazer
tudo ao contrário: dancei,
me embriaguei, libertei
fantasmas, invoquei
demônios.
Tive um sono embalado
por anjos em doces paragens
celestiais.
És sempre assim, Senhor?
Imprevisível? Desconcertante?