A tropa de choque de Jair Bolsonaro está indo na goela dos institutos de pesquisas, que existem desde o tempo do guaraná de rolha e mais acertam do que erram. Dessa vez porque o principais erraram para menos na votação do presidente, mas acertaram que ele ficaria em segundo e que a possibilidade de um segundo turno era grande. Essa cacarejada geral faz parte da campanha, com ameaças de CPI e pedido de investigação da Polícia Federal nas tais empresas. E se os institutos tivessem apresentado Bolsonaro como vencedor do primeiro turno e o resultado fosse o apresentado, o que aconteceria? As urnas eletrônicas receberiam a culpa, por fraude, como vem sendo martelado desde sempre. Para não fugir do assunto, uma pergunta: tem alguém reclamando das urnas depois que Bolsonaro recebeu mais de 50 milhões de votos? Então, tá.
Precisamos dar mais importância para duas empresas de pesquisas, a Paraná Pesquisas e a Atlas. Chegaram mais perto dos resultados na véspera do primeiro turno, mas a grande mídia insiste em ignorá-las. Os jornalões, com os seus mega sites, só querem saber do Datafolha e Ipec. E dão pouca importância às pesquisas da Poder360, cujas pesquisas também se aproximaram.
As pesquisas da Poder360 são esnobadas porque são feitas por uma plataforma telefônica automática, mas nos EUA, por exemplo, pesquisas presenciais são raridade. Está na hora de as empresas de pesquisas se abrirem para as mudanças comportamentais aceleradas pela transformação digital.
Assisti essa semana as entrevitas da GloboNews com as diretoras do Datafolha (Luciana Chong) e do Ipec (Márcia Cavalleri). E também a entrevista do Murilo Hidaldo, diretor da Paraná Pesquisas. As análises e colocações do Hidalgo são expressivamente mais consistentes dos que as das citadas diretoras que, no entanto, são gurus da grande mídia…
Se precisa auferir junto a população o que ela acha de familia inteira ocupando cargos eleitorais nos governos todos.