7:53LEROS

De Carlos Castelo

§ Estive pensando sobre o padre Kelmon. Isso aconteceu logo após o debate dos presidenciáveis na TV. Não sei o porquê, mas me ocorreu que já surgiram padres bem melhores em nossa História. Na hora me lembrei de alguns, tipo padre Anchieta, padre Vieira, padre Cícero, frei Caneca, dom Evaristo Arns. Foram muitos. A maioria com tino político-social bem forte. No entanto, o padre Kelmon, que eu desconhecia por completo, não me passou a mesma impressão dos sacerdotes citados. Julguei, a princípio, que minha antipatia fosse por aquele boné (ou lenço, não sei) dele. Odiei aquilo. Por vezes, me prendo a detalhes comezinhos na aparência alheia, confesso. Mas não era o boné. Era o discurso do padre Kelmon o que me causava espécie. Já mandou, de cara, o tema aborto para provocar polêmica. Depois, todas as escadas para corroborar as parábolas de Jota Messias. Um padre Kelmon, candidato a presidente do Brasil, diz muita coisa sobre nós. Tudo bem, já tivemos Enéas. Porém, um diácono ajudando um anticristo a prosseguir em sua satânica saga, é inédito e inacreditável. Que Deus tenha piedade de nós. Amém.

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5 ideias sobre “LEROS

  1. Tuca Bituca

    “O primeiro bispo do Brasil foi dom Pero Fernandes Sardinha, que chegou a Salvador em 1551, vindo de Portugal. Sua trajetória ficou marcada na história do Brasil por ter sido, segundo alguns relatos, devorado por índios caetés, em um ritual de antropofagia, no litoral do nordeste brasileiro, em 1556.”

  2. Marcius

    E se o tal padre defendesse a aberração de nove tentáculos? O autor incomodar-se-ia com o boné ou lenço ou festejaria a “lucidez” do religioso? E só uma dúvida que me passou pela cabeça.

  3. antonio aldemir

    Esse é um padre autônomo. Um cidadão que se auto titulou de padre, mas que não pertence a qualquer religião conhecida. Que apareceu com uma missão: apoiar o Presidente. Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. Estamos num mato sem cachorro. É isso que o povo brasileiro merece?
    Acho que sim. São produtos do meio.

  4. Parreiras Rodrigues

    Um detalhe na figura: O crucifixo fica em cima da barriga – gorda, e não do coração. Devoto de São Picanha.

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