por Cláudio Henrique de Castro
O debate no Superior Tribunal de Justiça o caso dos planos de saúde e as coberturas não listadas voltará nessa quarta-feira o
O referido tribunal decidirá se vale só o que está escrito no contrato ou também as coberturas não enumeradas pelos planos de saúde.
Em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte) os planos suspenderam terapias concedidas a crianças com autismo (FSP).
Em Salvador (BA), oitenta mães de autistas protestaram, antecedidas por trezentos pais em Natal (RN).
O resumo dessa ópera: os planos não têm piedade de ninguém e querem manter seus lucros bilionários.
A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) disse que formular o preço de um produto sem limite de cobertura, que compreenda todo e qualquer procedimento, medicamento e tratamento existente, pode tornar inviável o acesso a um plano de saúde e colocar a continuidade da saúde suplementar no Brasil em xeque (FSP).
Esqueceram-se de contar que em 2021 a receita dos planos foi de R$239,0 bilhões, com aumento de 10 bilhões em relação ao ano anterior.
O noticiado prejuízo das operadoras de planos deu-se em virtude da pandemia. Segundo a Agência Nacional de Saúde – ANS, elas tiveram prejuízo operacional de R$919,7 milhões em 2021, um recuo no resultado de 2020, de R$ 18,7 bilhões.
Como se, vê sobram bilhões nessa conta.
O lucro acima das pessoas e a impiedade como bandeira desse negócio?
Uma parcela dos políticos poderosos brasileiros vai além: prega a extinção do Sistema Único de Saúde (SUS), a cobrança para as pessoas frequentarem as praias e tudo mais que estamos assistindo.
Se os planos de saúde vencerem essa demanda junto ao Poder Judiciário será mais uma notícia na página naquele que se autointitula “o tribunal da cidadania”.
A verdade: nossas elites não se importam com as pessoas e muito menos com a classe média que paga os planos de saúde, esta que está descobrindo que o sistema econômico é mais forte que a Constituição e a piedade cristã.