Ó mágoa do mundo
Eu fui tão fundo
Que não vi o fim
E o que haverá em mim?
Um jardim?
Um arlequim?
Um ínterim?
Uma pausa
E a causa se desfez
Como daquela vez
Que o xadrez
Matou o rei
E eu matei a minha sede
Do Sol em uma parede
Branca, ampla e úmida
Pelas gotas de sua lágrima
Em minha culpa
Que direi eu da embriaguez
Se ela me deu
A sua confissão
Um não e um pão
De migalhas no chão
Ó Deuses que vivem sob a janela
Da bela descida
Aos porões da alma
Mais calma
Menos distância
E a dança é a luta
De quem ousa dizer
Palavras mudas
De tanto renascer
Saí para a rua
E a porta
Nunca mais se abriu
Para quem nunca viu
A lua que encobriu
A Terra de sonhos
Acordo agora
E já faz hora de partir
Parto o milagre
Para doar
Gotas de tardes
No seu altar
É uma linda, essa Ticiana!
Fazia dias que não a lia aqui.
Que bom que voltei a fazê-lo.
Faz um bem enorme pra alma da gente.
Querida Thea!
A recíproca é verdadeira. Te leio e parece que saio voando. Tão bom! Escreva e escreva! Salva nossos dias.