por Marcelo Auler

Moro tenta reescrever o passado: mente e omite

O ex-juiz Sérgio Moro, que o Supremo Tribunal Federal definiu como juiz parcial e o ministro aposentado Celso de Melo alcunhou como “magistrado travestido de investigador”, na sua pré-campanha eleitoral tem tentado reescrever seu passado. Para tanto, aposta no esquecimento do grande público, omite fatos e até mente. Em especial sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef. Esquece, por exemplo, que antes de ter deflagrado a operação Lava Jato a sua parcialidade já era questionada nos tribunais superiores. Foi em maio de 2013, dez meses antes da Lava Jato, que Celso de Melo alertou para o risco de o juiz de Curitiba insistir nas ilegalidades que já cometia desde o início dos anos 2000. Até o ministro aposentado do STJ, Gilson Dipp, que o colocou como juiz responsável pelos casos de lavagem de dinheiro no Paraná, em 2015 foi bastante crítico ao analisar a nova delação premiada de Youssef que Moro homologou em 2014. Para Dipp ela foi eivada de ilegalidades e “mostra-se imprestável”.

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