Entrei na French Riviera. Um livro. Estava sobre “O Século Moderno”, do Cartier Bresson. Lembrei do primo rico e do primo pobre. Um ria à toa. O outro poderia ser fotografado pelo mestre, aquele que disse “Lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-las voltar outra vez”. Os ricos não desapareceram. Os pobres, miseráveis, aumentaram como se fossem ratos se procriando nos lixões. Tomei banho. Entrei de novo na riviera dos anos 20 e 30 do século passado. Belo. De repente um do andar de cima telefona. Educadíssimo. Então veio a frase, no estilo repentista. “Você foi educado na Suíça. Eu também, mas na Vila Suíça”. Ele riu. Eu também.