de Carlos Castelo

*Como dizia o filósofo alagoano Fernando Collor de Mello: o tempo é o senhor da razão. Pois não é que aquele negacionismo presidencial contra as vacinas de covid-19, as falas duras, para não dizer toscas, agora tiveram a sua explicação? Bolsonaro não queria ser imunizado porque ainda não era a hora certa para sua faixa etária. Agora, sim, chegou o momento de vacinar as crianças de 5 a 11 anos.

*Pesquisa da “Brasmarket Inteligência e Pesquisa” traz resultados interessantes. Bolsonaro, com 34,8%, fica à frente de Lula, que obteve 19% das preferências. O instituto afirma que realizou 4,6 mil entrevistas telefônicas em todo o Brasil e a margem de confiança seria de 95%. Pelos números percebe-se que a Brasmarket não entende nem pesquisa, nem de inteligência.

*O Iphan descobriu vinte achados arqueológicos. São cerâmicas pré-coloniais de dois tipos diferentes – uma delas de indígenas tupi-guaranis – e pedaços de louças fabricadas no final do século 19. O problema é que foram achar esses “azulejos” logo no terreno onde foi construída a Havan, na cidade gaúcha de Rio Grande.

Por causa disso, o senhor presidente, através de uma juíza federal, demitiu o chefe do Iphan.
Bem feito. O Brasil é um país continente.
Por que o Instituto foi cavoucar logo no patrimônio do véio?
As cerâmicas coreanas que o Luciano vende em suas lojas são piores que a dos índios? As louças paraguaias comercializadas por ele são inferiores a essas do século 19?
Foi o que o André Mendonça deve ter dito hoje em sua prédica na igreja.

*“Estou viajando a trabalho, quando recebo a notícia de que minha esposa foi expulsa de um hotel no Rio de Janeiro, junto com minha filha de 10 anos, porque não tinham essa porcaria criminosa do passaporte de vacinação. Descobri que isso se deu por causa de um decreto criminoso, onde um burocrata de m… se comporta como um tirano de bordel. É inacreditável o rumo que o mundo está tomando! Um m… inútil ter a coragem de impedir minha família de ter um teto para dormir às 21h da noite é criminoso. O mais revoltante é que, enquanto eles tratam o povo como escravo, estão por aí farreando e bebendo, como canalhas hipócritas que são! Irei processar todos os responsáveis por esse ato. Vocês não irão tomar minha liberdade e da minha família sem que eu lute por ela. Vagabundos!”

O desabafo foi do secretário especial de Cultura Mario Frias, em sua conta pessoal no Twitter. Sem dúvida, uma enorme fatalidade ocorrida no Rio de Janeiro – num país com hotéis espalhados por 400 mil quilômetros de litoral.