Do enviado especial
No Centro Cívico tem gente achando que a divulgação de que o governador Ratinho Junior recebeu a comenda da Ordem do Rio Branco pelos canais oficiais do Estado pode caracterizar promoção pessoal com uso da máquina. O regalo oferecido pela presidência da República, segundo a lei que o regulamenta, é destinado para pessoas físicas e jurídicas, e não trata de agentes políticos.
Essas “medalhas”, hoje se vulgarizando, estão trilhando os mesmos caminhos dos tais títulos de cidadão honorário, cidadão benemérito. Vou contar um caso: Em 72 acompanhei prefeito de Terra Roxa num festival de oba-oba a recém nomeado governador Haroldo Leon Peres. Foi a Guaira assinar ordem de serviço para ampliação e reforma do aeroporto e depois a Francisco Alves onde receberia regalos. No alto do palanque foi alcançado por uma mulher bem simplinha, do povo mesmo que lhe entregou uma galinha viva. Leon abraçou a mulher, beijou-a e passou o mimo para um assessor. Dai, a caravana partiu para a Fazenda não sei o quê Dourada, de propriedade do Ibrahim Abud que lhe ofereceu opíparo e festivo jantar musicado por banda trazida do Rio de Janeiro e enfeitado por mulheres – deixa prá lá. Dentre uns registros lembro que na estrada que conduzia à sede, o carro do governador à frente, comitiva de 30 outros comendo poeira atrás. Lá pelas tantas, só se viu a galinha ser atirada para os ares de dentro do carro do homi . A penosa voou uns dez metros e ganhou o pasto.
Muito bom comentário do Parreiras.
Isso me lembra o General Figueiredo que disse ““Prefiro cheiro de cavalo do que cheiro de povo.”
Ou seja politico beija criança, beija e abraça qualquer um, mas tudo encenação e a galera grita MITOOOO. ou LULAAA