Galvão Bueno, aquele, ganhou um apelido no Nordeste por causa do seu estilo inconfundível de narrar jogos da seleção brasileira. Um bicho de praia que sai da toca na areia todo saliente e depois vai ficando molenga, os criativos de lá chamam de Gogoleso. É o próprio narrador-mala quando vê que a seleba vai se afundando depois de começar jogando bem, etc. O tal perde a força, sai do bestalhão patriota entusiasmado falando coisas do tipo “tô sentindo que o Richarlisson hoje vai estraçalhar”, para as catacumbas de um ser sem alma na voz.
Fosse dono dum serviço de alto-falantes daqueles de antigamente na minha cidade de origem – Santa Isabel do Ivai, o maior produtor de abacaxi do Sul brasileiro – e doce, quatro bocas no alto dum poste tocando músicas ofertados por namorados, patrocínio das Casas Pernambucanas, o Galvão Bueno, nele, não teria emprego. Cara chato, sô! O time perdendo de 8 a 0, faltando 5 minutos para os 90, pega a bola e ele se esguela: Vaí que dá!!!!!!