de Ticiana Vasconcelos Silva
Uma bossa nova me contou sobre a história de que quem ama há de perdoar a fama dos mortais. Imortal é mesmo o amor. Infinita é a beleza da música popular brasileira na voz de Vinicius, Tom, João Gilberto e mais. Sentir o amor é a dor que ensina a navegar para jamais ousar olhar para trás. O barco nos leva ao destino das almas inspiradas pela solidão. Porque ela é a eterna namorada dos que sempre dirão: ama mais que a luz. E dói amar. A dor que o profeta falou na madrugada. Amar o amor é melhor que amar sozinho. E eu só sei amar. Eu só sei dizer amor nas palavras que criei nos milhares de versos jogados ao vento. Direi, então, para que nunca se desaprenda a lição do mar rebelde que faz da vida a condição primária do amor. Ah, a vida, esta imensidão de azuis. Cores me ensinam a ficar em silêncio. Pintarei o meu verso num abraço e nunca mais serei a estrela vazia. Serei a veia que me diz: assim é. Coração azul. Vida breve. Que o vento me leve ao sermão do coração. Um dia escutei: foge do amor. Fugi. E continuei a rir da minha própria ignorância. Uma lembrança apenas da ilusão das tempestades. E a tarde veio com sua vontade de morrer para que a noite pudesse viver. Fico à noite contando as estrelas e a beleza me aprisiona. Mas a música é a maestria de quem sabe da dor. Canto do pássaro azul, linha da realidade, vento da liberdade. Sejamos pedra que conta histórias às crianças. Contemos novas estórias. E deixemos na memória o adeus.
Que lindo, Ticiana!
Continue soltando seus versos ao vento… o endereço de chegada é preciso e é perfeito!
Isso é que é o mais puro amor… aquele que anima e gera vida.
Com maestria, certamente, toneladas de músicas virão para inspirar a gente a continuar captando e perseguindo seus versos.