por Catarina Rochamonte
O autocrata do PT que posa de democrata, expôs, mais uma vez, toda a sua abjeta bajulação à ditadura cubana
O autocrata do PT que posa de democrata expôs, mais uma vez, toda sua abjeta bajulação à ditadura cubana. No dia em que se registrava oficialmente a primeira morte decorrente da enorme onda de protestos que inundou as ruas de Cuba desde as cidades do interior até Havana, Lula iniciou uma sequência de tuítes com uma indagação torpe: “O que está havendo em Cuba de tão especial para falarem tanto?”.
Manifestantes foram espancados, mais de cem foram detidos, muitos estão desaparecidos, repórteres foram sequestrados, uma youtuber foi presa ao vivo enquanto dava entrevista, mas Lula, cruel e cinicamente, minimizou todo o ocorrido dizendo: “Houve uma passeata”. E seguiu com sua cavilação no Twitter: “Mas vocês não viram nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele”, escreveu, referindo-se ao caso George Floyd, que, embora tenha mostrado a chaga aberta do racismo nos Estados Unidos, mostrou também a disposição do povo e das instituições americanas em combatê-lo.
Das covardias de Lula em favor do Estado ditatorial castrista destaque-se que, em 2007, durante os jogos Pan-Americanos, o então presidente mandou caçar, prender e deportar os boxeadores cubanos Erislandy Lara e Rigondeaux, que tentaram conseguir asilo no Brasil.
Rever posições políticas é, às vezes, uma exigência de racionalidade e um teste de caráter. O premiado escritor José Saramago, por exemplo, indignado com a execução sumária, em 2003, de três dissidentes cubanos que tentaram fugir de Cuba em um barco, rompeu com o regime, reagindo à infâmia da ditadura com a paradigmática frase: “Até aqui cheguei”.
A esquerda brasileira, de modo geral, não seguiu o exemplo de Saramago. Apenas o Cidadania fez nota de apoio às manifestações do povo cubano. A do PT foi de apoio à ditadura.
Cabe a nós, brasileiros, nas urnas, cravarmos um voto contra os defensores de ditaduras; seja à esquerda, seja à direita. Basta. Até aqui chegamos.
*Publicado na Folha de S.Paulo
O episódio dos boxeadores cubanos é uma mancha na nossa história, o mesmo governo que protegeu um assassino italiano, caçou cruelmente dois jovens cujo único crime foi buscar uma vida com liberdade.
Vergonhoso que ainda hoje tenhamos gente que defenda ditaduras.
Culpar “uzamericanu” ainda é o caminho mas fácil para justificar a existência desta ditadura, mas é tão verdadeiro quanto “lula inocente”.
O balanço feito pela colunista da Folha sobre as atitudes de Lula são razoáveis O petista sempre foi um suíno moral. Não só apoiou todos os abusos de Cuba como colaborou pessoalmente na repressão ao devolver criminosamente os lutadores de box que tentavam asilo no Brasil. Esqueceu de mencionar os empréstimos bilionários para o Porto de Mariel que renderam generosas comissões. Ditaduras não tem tribunal de contas. Tudo fica mais fácil. Saramago não é um bom exemplo. Apoiou a ditadura homicida por 44 anos. Período em que pode assistir privações, fome, violências, repressão brutal, assassinatos. transformação de Cuba em um estado-mendigo, não pelo embargo, mas pela incapacidade intrínseca do comunismo de funcionar. Pelo menos rompeu com os Castro antes de morrer. De Lula não se espera nada parecido.