por Thea Tavares
Se antes já era assim, ficou mais evidente.
A vida é feita de esperas…
Para nascer, para comer, pra passar de ano, pela condução, por alguém, pra vacinar.
Tudo é espera. Mansa ou tensa, tentadora e angustiante, mas sempre à espreita.
Nesse medidor de aflições, seguimos alternando ansiedades e paciências. Vontades e anuências. Seguimos em frente. Adiando alcançar aquilo que se aguarda e se ambiciona.
E quando nos movemos, é sempre em busca, ou seja, num outro jeito de esperar e de criar expectativas também, só que assumindo a cota de responsabilidade que nos cabe dentro dos resultados mais inusitados do percurso. Esperando que funcione e que tudo, no final das contas, dê certo, acabe bem, imprima algum sucesso.
As esperas dessa vida, os atalhos e desvios ou mesmo as fugas são decisões que a gente toma e que nos marcam e definem. Estamos nos esculpindo em tempo integral. Fingindo esperar por algo que se ergue e que se engendra em passos calculados.
Mesmo quando decidimos não fazer nada, não dizer coisa alguma, estamos optando por tal postura. Esperando que uma necessidade nos force a tomar outra atitude, outros rumos e uma infinidade de novas incertezas.
Tudo é espera e, a cada espera, precede-se uma escolha.
Porque esperar é sempre o prenúncio de uma realização ou de uma realidade. Esconde um desejo incontido e inconteste de certa materialização.
Guarda aquela pergunta óbvia, de resposta espontânea, que lateja na pele, no peito e nas ideias para se diluir no fluxo orgânico das nossas vibrações e sentidos.
Esperar, esperar… Aponta-nos ser e sentir, experimentar saber.
Por fim, encontra espaço na maturidade das percepções que nada têm a ver com anulações, mas com a sabedoria de precisar o que falta preencher e o que se impõe como imprescindível e inadiável… Nossas lacunas. Sem o quê não se deseja dar mais um único passo adiante ou afirmar qualquer verdade que seja, pois a espera esclareceu.
Eu era um naufrago espacial buscando a ultima fronteira,o fim,atravessava mares de ouro,os asteroides eram grandes diamantes,e lá na frente uma placa de prata escrito ,aqui é o fim.
Atravessei o limite da placa e viajei mais uma eternidade,grandes diamantes,mares de ouro e acabei chegando de novo na mesma placa de prata e fiz isso durante tantas eternidades que acordei assustado em ter feito tudo numa noite de sono gostoso,debaixo de duas cobertas quentes,isso prova que o tempo não existe e a vida pode ser essa coisa narcisa que o Universo criou para nós admira-lo
SSilvestre, espero sempre pelos seus comentários!