7:58Brasil ainda precisa aplicar 204 milhões de doses e pode atingir cobertura vacinal apenas em 2022, diz estudo

Da FSP, por Mônica Bergamo:

O país tem hoje 160 milhões de cidadãos brasileiros com mais de 18 anos e que são elegíveis para a vacinação

O Brasil ainda precisa aplicar cerca de 204 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para atingir a desejável cobertura de 90% da população acima de 18 anos —uma meta segura para controlar a epidemia da Covid-19.

Apesar do novo calendário acelerado de vacinação, na velocidade atual a cobertura vacinal completa desta população pode ser alcançada apenas em meados de 2022.

Os dados e as conclusões são de um estudo feito por professores da USP, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com base no banco de dados oficial do Ministério da Saúde.

O país tem hoje 160 milhões de cidadãos brasileiros com mais de 18 anos e que são elegíveis para a vacinação.

O caminho para se chegar ao percentual seguro de 90% de imunizados (ou 144 milhões de pessoas) ainda é longo: até a quinta (17), 60 milhões, ou 37,5% da população adulta, já tinham recebido pelo menos a primeira dose da vacina.

Destes, apenas 24 milhões, ou 14,9% da população adulta, receberam também a segunda dose.

No país há hoje, portanto, 62,5% de brasileiros, ou 100 milhões de pessoas, que ainda não receberam nem sequer uma dose do imunizante. E 85,1% que ainda não tomaram a segunda dose e por isso não estão completamente imunizados.

Os professores calculam que, para que a imunização coletiva seja atingida ainda neste ano, será necessário aplicar mais de um milhão de doses diárias de vacinas até dezembro.

A meta é considerada factível por eles, “considerando o histórico de sucessos de campanhas de vacinação do SUS”. Mas não será alcançada “se mantidas as médias abaixo de 700 mil doses diárias que vêm sendo observadas”, diz o professor Guilherme Loureiro Werneck, da UERJ, um dos coordenadores do trabalho, que é assinado também por Ligia Bahia e Jéssica Pronestino de Lima Moreira, da UFRJ, e Mário Scheffer, da USP.

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