Da revista Veja
A CPI da Pandemia ouve nesta quarta, 12, o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten. Entre outros assuntos, o publicitário foi questionado sobre afirmações dadas em entrevista a VEJA, no final de abril.
Durante o depoimento, Wajngarten afirmou que a palavra ‘incompetência’ foi usada na capa da revista apenas como chamariz para a reportagem e que não foi usada por ele. Antes, negou ter chamado o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de “incompetente”. A gravação da entrevista mostra que a palavra foi, sim, dita por Wajngarten em referência às negociações do Ministério da Saúde, à época sob comando de Pazuello, para a compra da vacina da Pfizer.
Na entrevista à revista (ouça abaixo), ao responder a pergunta “Foi negligência ou incompetência?’, Wajgnarten afirmou: “Foi incompetência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando a negociação e tem do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é sete a um” Ouça:
Ainda na CPI, o ex-secretário confirmou a existência de uma carta da Pfizer enviada ao governo Bolsonaro em 12 de setembro com o objetivo de negociar a compra de vacinas. Segundo ele, em novembro, mandou um e-mail à farmacêutica e posteriormente a isso, em 17 de novembro, se encontrou com o CEO da Pfizer Carlos Murillo, em seu gabinete.
A VEJA, o ex-secretário apontou ineficiência na compra de imunizantes por parte da gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Por este motivo, disse o ex-secretário, foi autorizado pelo presidente Bolsonaro a intermediar as negociações com a farmacêutica Pfizer para aquisição de 70 milhões de doses do fármaco. Ele chegou a se reunir com diretores da empresa, discutiu cláusulas, mas o acordo não prosperou.