Num dia o Governo do Paraná anuncia a volta as aulas presenciais na rede estadual de ensino, mesmo que de forma gradativa. No outro, o sindicato dos professores confirma a paralisação já anunciada e completa com um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São João Del Rei e Universidade Federal do Amazonas feito em dez cidades do Paraná (Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Guarapuava, Toledo, União da Vitória e Francisco Beltrão) e apresentado ontem sob o título “Avaliação da Pandemia de Covid19 – Medidas Necessárias para Controle da Pandemia”. Os estudos e recomendações se baseiam no modelo computacional SEIR (Susceptíveis-Expostos-Infectados-Recuperados), que considera dados epidemiológicos, taxas de vacinação e mobilidade urbana da população. O resumo foi apresentando pelo cientista Lucas Ferrante, do Inpa, ontem, numa vídeo conferência: “Não é o momento de aumentar a circulação urbana”. Além disso, elencou o seguinte:
- A perda de um arrimo de família, o dano psicológico do luto é muito maior do que o isolamento social.
- Não vamos resolver o problema dos estudantes, jogando essas crianças numa fogueira.
- Os protocolos são ineficientes e os diretores serão responsabilizados.
- A situação é drástica! Não podemos tomar medidas baseadas em achismos sob pena de virarmos uma Manaus.
- Crianças transmitem tanto quanto os adultos.
Arrematou afirmando que as escolas do Paraná não estão preparadas o suficiente para evitar a contaminação, fez uma ressalva elogiando a situação de Ponta Grossa, mas disse que em Londrina a situação é preocupante.
Para quem quiser ler o estudo, ele está no final do link abaixo publicado pela APP Sindicato, que encomendou o estudo.