Freud bateu o tiro de meta e o narrador imitou Jorge Ben: a bola vai, a bola vai, a bola vai; a bola vem, a bola vem, a bola vem. No divã há mais de quarenta anos ele quis se desentender cada vez mais. O penúltimo psiquiatra criava cobras no consultório. No segundo dia o paciente levou ratinhos brancos e serviu o banquete. Para os ratinhos. Eram parecidos com os famosos coelhinhos voadores do filme do Monty Python. Onde vamos parar? Ele se perguntou no dia em que ficou o dia inteiro no trajeto do circular interbairros. Resolveu a parada ao se trancar em casa para se dedicar a ler Lima Barreto, principalmente os textos que escreveu no manicômio. Para completar, dissecou Stephen King num livro que achou num sebo. Quando soube que o autor tinha vendido mais de 600 milhões de livros, fez uma conta para avaliar a fortuna dele e foi assistir ‘Esse Mundo é dos Loucos’. A bola murchou. Ele ficou com saudade de Abelardo Barbosa Chacrinha e da Fernandinha Terremoto.