DIÁRIO DA GRIPEZINHA
Muitas galinhas chocas estavam assentadas sobre ovos, antevendo os pintos correndo pela pradaria, apavorados, e a raposa atrás, malsatisfeita. Mas não era sobre galinhas que eu queria falar. Estava aqui pensando na ivaginação fértil do camarada Pintinho. De repente ele descobriu o que é que as mulheres têm no meio das pernas. Desde que eu frequentava o catecismo eu já sabia que a resposta era joelhos. Devolvo a pergunta como se devolve um ovo atirado numa passeata. O que é que Pintinho tem na cabeça? Opção 1: Joelho. Opção 2: Titica de galinha. Opção 3: Joelho de novo. Pode pedir ajuda aos universitários, mas vou logo avisando que esses universitários são todos uns belos de uns comunistas e plantam maconha no terreno da escola. Aliás, uma vez, estava apertando um begue junto com o camarada…isso não vem ao caso, não vamos perder o fio da manada. Vai responder? Não vai? Muito bem, garoto, acertou a pergunta! O que o filho de Osiris, conhecido por Papi na intimidade do lar, tem na cabeça é exatamente isso: Nada. Seu silêncio foi muito observador. Leva o prêmio Pequi Pra Papai Roer. Volte sempre que tiver uma ideia inteligente, ou seja, adeus para nunca mais. (Nesse momento, adentra a ribalta o Trio Los Panchos cantando Cucurrucucu Paloma, para gáudio do garoto, que aprecia muito essas canções napolitanas).
Filme: ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (direção de Fernando Meirelles. Baseado (epa!) no romance de José Saramago. Estrelando Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover e Gael García Bernal. Premiado no Festival de Cannes – 2008). A população daquele reino resolveu, um dia, brincar de cabra cega. A zorra já começou porque um queria ser mais cabra que outro. O General Lanudo de Almeida berrava como um cabrito derretido, tendo atraído a atenção de ovinos que pastavam nos campos do Senhor. Já o General Francisco Cabrito Montês marrava os coleguinhas, acreditando estar fazendo uma bela figura. Teve até uma senhora que deixou de ver Jesus na goiabeira para encantar-se com o cabritinho no colo daquele santo, me foge o nome. Daí, o dono do rebanho pegou e disse bem assim: “Ah! Quer saber?”