DIÁRIO DA GRIPEZINHA
Nesse momento que o mundo registra o número de 132 milhões casos de Covid, com 2,86 milhões óbitos, e o Brasil registra o número de 13 milhões de casos de Covid, com 333 mil mortes, é de se perguntar ao Presidente da República se o planeta está enfrentando a maior pandemia do século ou se estamos diante de uma gripezinha, um resfriadinho. Quando o mundo foi assaltado pela chamada Gripe Espanhola, no final da Grande Guerra, a ciência médica não tinha armas para combater o novo inimigo. Pessoas morriam como moscas. Há fotos de corpos empilhados nas calçadas do Rio de Janeiro. O próprio Presidente da República teve a ideia de partir, antes mesmo de assumir o posto. Isso o livrou de deixar uma biografia diferente da que deixou. A lição do passado nos ensinou a levar a sério todas as medidas de prevenção, que hoje assumimos – lavar as mãos, usar álcool em gel, usar máscara, etc. E temos a coisa mais importante, que as gentes de 1918-1919 não tinham: a vacina. Negar a importância da vacinação em massa para frear a peste que avança é a coisa mais estúpida a ser feita. Mas, os negacionistas querem enxergar a realidade pelo viés da fantasia. Então, não estamos cercados por uma pandemia. É só uma gripezinha, um resfriadinho. Esta coluna passa a ser de agora em diante o diário de um resfriadinho. Nunca para zombar da desgraça dos brasileiros, cujas famílias foram e estão sendo dizimadas pela peste. Mas para denunciar o humor negro com que os negacionistas brincam com a tragédia.
Não é por ter sido escrito por mim, mas eu me tirei as palavras da boca.
Eu pensei que iria me divertir. Mas, realmente, é de assustar a imbecilidade do Bozo, reconhecida internacionalmente.
É triste ver alguém talentoso tornar-se monocórdico e obcecado. Padrella tem talento para escrever sobre o que quiser, acho que vai ser uma perda de tempo dedicar-se unica e exclusivament a criticar o governo federal. Já estou de saco cheio de ver o inepto presidente falar em “tratamento precoce”. Também já encheu ver a impresa dizendo que ele defendeu o uso de medicamentos “sem comprovação científica”. Vamos nos cuidar e procurar ser felizes!
Doje em diante (gostam do doje?), me convenci do benefício do tratamento precoce. Idoso, 78, portador de enfisema pulmonar (bem feito, quem mandou fumar), até hoje não contrai o tal corona. Acho que devo à minha imunidade à generosa fatia de queijo de Minas que devoro de manhã, no café e à outra suculenta fatia de goiabada cascão, como sobremesa do almoço. Só pode….
Padrela,como sempre, preciso nas palavras. #ForaBolsonaro