7:43E a nova Sercomtel, a quantas anda?

Do Analista dos Planaltos

Ao final do processo de privatização da Sercomtel, muito se especulou sobre quem seriam os novos diretores da telefônica, agora controlada pelo empresário carioca Nelson Tanure ( dono do Fundo Bordeaux de Investimentos e que foi sócio do falido Jornal do Brasil, da imaginativa petrolífera de Eike Batista, a PetroRio, e da concordatária OI, sendo que as duas últimas empresas tiveram forte influência do Partido dos Trabalhadores, através de subsídios do BNDES). Para surpresa geral, no entanto, o Conselho da operadora foi preenchido por nomes conhecidos da política.
A presidência é do ex-ministro das Comunicações do governo Lula, Hélio Costa, e tem como integrante, Claudio Tedeschi, que foi do primeiro escalão da administração petista de Nedson Micheleti em Londrina, que aquela época empregava Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e João Rezende, todos do PT.
Além da quota petista, também é conselheiro da telefônica, vendida pelo atual prefeito Marcelo Belinati (PP), o faz tudo Rafael Lamastra, que foi diretor da rede de TV da família Massa em Londrina e  atualmente preside a COMPAGÁS/Copel – é homem da cota pessoal do governador Ratinho Júnior (PSD).
A diretoria da Sercomtel sofreu poucas alterações, pois o único que saiu foi  Luciano Kuhl, representante comercial em Maringá. Em seu lugar entrou Agnaldo Aversani, que já havia sido diretor por indicação do ex-prefeito Alexandre Kireeff e filiado ao PSD. Continuaram o diretor de engenharia, Tiago Carnelós Caetano, que é filiado ao PSD e parente distante do governador Ratinho, além da rolandense Rosângela Micheleti, financeira ligada ao prefeito Belinati.
Quem esperava um choque de gestão eficiente e privatizado, ficou a ver navios encalhados do mesmo porto. O que acontece mesmo é que, por enquanto, funcionários técnicos da empresa continuam sendo diariamente dispensados.
A pergunta que fica é: se tantos políticos continuam atuando na Sercomtel, qual vantagem de natureza política que a empresa obterá? Seria o perdão da dívida tributária estadual (ICMS), que é a maior dívida da Sercomtel?
A empresa e sua parceira de Fundo Bordeaux – Copel Telecom ainda não anunciou ao grande público a que veio, indicando como e onde serão os investimentos. Para se ter uma ideia, no biênio 2020-2022, a TIM anunciou investimento de 12 bilhões; a VIVO investirá 26 bilhões e a CLARO aportará 30 bilhões.
Enquanto isso a empresa com sede em Londrina publica no Diário Oficial do Município de Londrina, mesmo sendo privatizada:
“Considerando a grande quantidade de aquisições das ações ordinárias e preferenciais da Sercomtel S.A. – Telecomunicações, pelos empregados ativos, a Comissão nomeada para coordenar o Chamamento Público nº SMG-0002/2020, resolveu prorrogar para até 10 de março de 2021, o envio pela Sercomtel S.A. – Telecomunicações do Boletim de Subscrição ao Empregado que tenha adquirido ação no âmbito da Oferta aos Empregados Ativos.
Jeferson Aparício Feliciano – Presidente.”

https://www.londrina.pr.gov.br/images/stories/jornalOficial/Jornal-4285-Assinado-Pdf.pdf

Compartilhe

Uma ideia sobre “E a nova Sercomtel, a quantas anda?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.