6:58Sob risco de derretimento

Ratinho Junior apareceu ontem à noite no telejornal Boa Noite Paraná, da RPC, de máscara e falando sobre a situação do estado e providências para combater a Covid-19. Poucas horas antes um velho sábio que conhece a política e o movimento das nuvens foi claro ao dizer que se o governador não tomar uma atitude em relação a esta triste situação, “vai derreter mais – e junto com o governo de Jair Bolsonaro, a quem, até agora, foi aliado, vendo a tragédia brasileira se alastrar”. A reunião com os outros dois governadores do Sul, na véspera, e a disposição de comprar vacinas, sem esperar que que a bagunça no Ministério da Saúde, aliada ao descaso do presidente, se modifique como num passe de mágica, pode ser um sinal de que, finalmente, Ratinho tenha se tocado do que pode lhe acontecer politicamente com a escalada da situação da pandemia no Paraná. Além disso, há outro assunto atravessado: o pedágio. Na reunião que teve no mês passado com Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, o governador saiu insatisfeito porque está sob pressão total dos deputados estaduais e das entidades de classe que são contra o projeto do governo federal. Nesta questão o governador teria que agir em oposição ao plano federal, em defesa do melhor preço das tarifas e contra a outorga. Uma saída seria deixar as rodovias federais com as regras de Brasília e as estaduais com as do Paraná. A situação, portanto, exige que Ratinho se posicione e apareça para falar a respeito, ao contrário do que fez até agora, ausente. O risco que corre, ainda segundo o sábio, além de derreter, é ser engolido pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que aparece na chamada linha de frente para tomar medidas e falar a respeito da pandemia porque, esperto, sabe que isso também rende politicamente.

4 ideias sobre “Sob risco de derretimento

  1. Oto Lindenbrock Neto

    Esgueirando-se. É assim que vivem os ratos. Quando um rato pressente o perigo ele foge e se esconde. É da natureza dos ratos. A zoologia às vezes serve para explicar o comportamento de certas pessoas.

  2. nelson padrella

    Prezado Oto Lindenbrock Neto: Pois quero estar vivo para ver os ratos abandonando o navio, cuja nau está fazendo água e não é de hoje.

  3. Marisa Philipovsky

    A coisa que mais me chamou atenção na entrevista dada pelo governador foi sem dúvida o tamanho de suas unhas. Unhas parecidas com as de cafetões dos anos 70, em filmes sobre Nova York. De qualquer forma, soubemos que roer unhas não é um hábito de nosso governador quando “está nervoso”!

  4. Oto Lindenbrock Neto

    Marisa: ratos não roem as próprias unhas. Servem para escavar buracos onde se escondem.

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