por Sergio Brandão
Vejo dois vídeos que me chamam atenção: um institucional da Santa Casa de Irati, mostrando o dia a dia dos trabalhadores da linha de frente, na UTI da Covid-19. É assustador, impactante, mas que é preciso ver para entender e assustar quem ainda não se assustou (ver abaixo). Na outra ponta, num outro vídeo, está uma jovem, classe média paulistana, num link disponibilizado pelo jornal O Estado de São Paulo, em produção de reportagem estarrecedora (ver abaixo).
A personagem da matéria diz viver num submundo das baladas, onde organizadores de festas clandestinas, que antes trabalhavam legalmente, agora vivem fugindo da fiscalização. E se proliferam em São Paulo, onde promovem encontros de 70, 80, até 100 pessoas, todos os finais de semana.
Diz ela que há um esquema de comunicação pelo WhatsApp, onde os participantes dos grupos são avisados duas horas antes sobre a festa. Combinam um local e uma Van se encarrega de levá-los até o local.
Sem medo de contaminação, assumindo os riscos do contágio, a personagem da reportagem anuncia que ” a vida é um risco o tempo todo”, a diferença é que agora o risco ficou um “pouco maior”, diz ela.
Como numa roleta russa, revela ter participado de festas de final de ano e Carnaval em Florianópolis, hospedados numa mansão com trinta pessoas e que dias, depois, 15 apareceram infectadas.
A personagem diz que prefere encarar a Covid do que ficar presa num apartamento, sozinha. “Prefiro correr o risco do contagio do que arrumar uma doença mental qualquer, me isolando das festas e dos amigos”, contou a criatura.
A personagem que só é identificada como do sexo feminino, com a voz distorcida pelos recursos técnicos da edição de áudio e imagens, trabalha e mora em prédio residencial de grande circulação de pessoas. Diz usar máscara nestes ambientes porque é obrigada.
Parei pra pensar: quantas vezes, neste ano de pandemia, matei ou não o vírus, nas milhares de vezes lavando as mãos ou esfregando com álcool em gel, usando máscara e fugindo de aglomeração ? Nenhuma ou muitas vezes? Sei mesmo que se continuo invicto, sigo na mesma toada. Não se mexe em time que estgá ganhando, mas parece que cada vez mais isso já não depende mais de mim.
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