Mandei a bala via Intelsat e Expresso 2222. Foi pra lá de Bonsucesso, mas não fez. Levei invertida. Seguinte: sobre os países. O nosso e o nosso. Disse que o principal é o nosso, que temos de cuidar para não pirar de vez ou se afogar na maionese desandada. O nosso, esse que temos medo de olhar, deixamos pra lá, mas quando o fulicular aperta, tentamos compreender. O nosso, esse com quem conversamos sempre, até nos sonhos e pesadelos, porque saem lá de drento, como se dizia na vila onde fui criado. Esse, o importante. O outro, essa coisa que tem um mapa conhecido, mas cujo povo é desconhecido, e o que aparece nas notícias de jornal, quando caminhamos contra o vendaval, ah!, esse nunca se achou porque os senhores, estes lá de cima, os de sempre, estes sempre foram isso que agora se apresentam em estado putrefato, jogando na cara de quase todo mundo que é isso mesmo, e que deus vai dar um jeito. A clássica piada onde o suprafoderoso diz que na terra onde tudo dá jamais teria terremotos, furacões, etc, mas afirmou que ia colocar um povinho…, ELE esqueceu de dizer que, na verdade, o cancro seria mesmo o que chamam de classe dominante, e que o resto seria passivo, babão, ignorante, etc. Estes não sabem da existência do país de dentro, esse que chamamos alma ou coisa parecida, e o de fora só interessa se der um jeito de colocar um tostão no bolso furado para a sobrevivência. Mandei. Tentei. Não entenderam. Vou colocar na rádio vitrola o Ivan Lins cantando “O amor é meu país”.
Torpedo bem mandado.
No fundo no fundo ,as almas saem por ai para fazer traquinagens ,umas enchem a cara ,mijam nos muros ,outras até fazem amor nos gramados das avenidas .