Quando eu transbordar o amor
Será uma tarde
Em que navios transportam
Vazias almas
E a calma fará império
No auge do mistério
E eu serei o azul
Destoando a magia
Na fria presunção
Da razão
Será também rebeldia
Por um dia
Ter sido rejeitada
Será o berço
Da noite estrelada
Serão dois amordaçados
Por laços invisíveis
Será a cruel dor necessária
De amar mais que o amor
Será um abraço, um passo
Em direção ao corredor
Que leva ao quarto
Em incêndio
E nós dois seremos inteiros
Metade vinho metade silêncio
Coisa linda a ticiana…