Do Poder 360 graus, em reportafem de Guilherme Waltenberg
Eles concentram 53% das diárias Total em passagens é de R$ 1,8 mi. Foram pagas 5.864 diárias em 7 anos
A operação Lava Jato de Curitiba, enterrada nesta semana, gastou R$ 7,5 milhões em diárias e passagens ao longo dos 7 anos que durou. Os dados foram obtidos pelo Poder360 via LAI (Lei de Acesso à Informação). No total, foram pagas 5.864 diárias ao longo desse período.
O valor pode parecer baixo para o tempo de duração da operação. O detalhe, porém, é que R$ 3 milhões foram pagos em diárias a somente 5 procuradores –além dos salários, que estão na faixa de R$ 30.000 por mês.
Além disso, esses mesmos procuradores somaram mais R$ 734.812,03 em passagens –40% do total. Esses valores se referem, em sua maioria, a deslocamentos –e permanência– em Curitiba, que era a base da operação. Esses procuradores foram deslocados de seus Estados de origem para atuar junto à equipe de Deltan Dallagnol. E receberam em paralelo por isso.
Ranking
O procurador que mais recebeu diárias foi Januário Paludo, com R$ 712.113,87 em 699 diárias. A esse valor, somam-se R$ 165.142,75 pagos em passagens, sejam elas aéreas, de ônibus ou pagas para ele usar seu automóvel próprio no deslocamento. Segundo a assessoria de imprensa do MPF (Ministério Público Federal), todos esses gastos foram autorizados pela portaria 41 de 2014.
Na sequência aparecem Antonio Carlos Welter (R$ 667.332,31 em 645,5 diárias e R$ 246.869,51 em passagens) e Orlando Martello Junior (R$ 609.396,56 em 604,5 diárias e R$ 154.147,25 em passagens). O 4º é Diogo Castor de Mattos, R$ 545.114,53 em 596 diárias e R$ 25.054,49 em passagens. E o 5º, Carlos Fernando dos Santos Lima, teve 524 diárias totalizando R$ 505.945,81 e R$ 143.598,03 em passagens. Ele aposentou-se em março de 2019.
Da esquerda para a direita, de cima para baixo: os procuradores Antonio Carlos Welter, Januário Paludo, Orlando Martello Jr., Carlos Fernando Lima e Diogo Castor de MattosMPRS/Divulgação/IDL-Reporteros/Divulgação/MPSP
ANOMALIA GERENCIAL
Os 5 procuradores que ganharam essa bolada se beneficiaram de uma decisão que dificilmente se vê na iniciativa privada. Eram requisitados de outras cidades para trabalhar na Lava Jato. Muitos nunca se mudaram para Curitiba. Ficaram anos ganhando hotel, roupa lavada, refeições e passagens aéreas.
VIAGENS: EUA E FRANÇA
Foram 49 idas ao exterior, com 13 viagens a cada 1 desses 2 países. A Suíça foi o destino de 6 viagens. Até 2020 foram 2.585 deslocamentos nacionais e internacionais.
FORÇA-TAREFA É ENCERRADA
O MPF anunciou que a operação em Curitiba “deixou de existir” na 2ª feira (1º.fev). Foi incorporada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Em quase 7 anos de atuação, foram 79 fases e 278 condenações. Eis a íntegra do anúncio.
A Lava Jato em seu site oficial diz ter recuperado R$ 4,3 bilhões para os cofres públicos.
OUTRO LADO
O MPF do Paraná disse que os gastos estão de acordo com as regras do órgão. É verdade. Mas o MPF não explica por que alguns procuradores passaram anos deslocados, sem se mudar definitivamente para a cidade em que estavam trabalhando.
Caro ZB: Respeitosamente discordo da forma com que você postou essa matéria.
São milhões e milhões de reais das diárias nessa FARRA DA LAVA-JATO – IGUALZINHO vereadores e deputados gastam em diárias.
Mas, discordo porque esses milhões de reais da FARRA DAS DIÁRIAS, é fichinha perto dos milhões de reais que o pessoal da Lava-Jato ganhou com palestras, honorários e outras formas de arrecadação.
Os procuradores da Lava Jato ficaram milionários. O Moro ficou ainda mais milionário. Enquanto isso o povo sofre com a falta de emprego causada pela Lava Jato.
Sergio Cabral fez a farra dos guardanapos.
Sergio Moro fez a farra das diárias.
Dinheiro público igual!
O momento favoreceu a solicitação para palestras que são legal e moralmente remuneradas.
Quanto ao “desemprego causado” não se justifica como decente e legal trabalhar para uma empresa que aufere lucros fantásticos, mirabolantes, estúpidos, às custas de negócios com o Poder Público. E quanto às denúncias às formas rotuladas como ilegais na condução da Lava-Jato, há que se considerar a impossibilidade absoluta de se atingir o sucesso de investigações que envolve agentes poderosos, sem a execução das práticas ora condenadas. Vale lembrar o ditado: Para se lidar com a malandragem, só o uso da malandragem e meia. No bom sentido, claro. Execrável e condenável é o governo que em campanha propagava o combate ao crime, à corrupção, aproveitar-se da fama do condutor da Operação, para, eleito, detoná-la, montar um cerco para desqualificá-la, assim como ao seu líder.
Esse é o Brazil, os pseudos paladinos da justiça ganham, o povo paga a conta, e a niguezada ainda cola aqueles adesivos nos veículos “eu apoio a lava jato”
Pois é,a coisa é feia,imagino o Lula com esse montante de dibheiro ganho em 5 ANOS
Um vereador gasta 50 mil de diárias, de forma imoral e paga caro. Essa turma gastax1 milhão e ainda fazem o discurso moralista. Nojo
O meu velho pai se vivo hoje estivesse estaria perto de 100 anos sempre dizia que dinheiro de trouxa é festa de malandro. Os trouxas nesse caso sabemos que somos todos nós do povo.
o valor é compatível com a atividade que recuperou muitos milhões para os cofres públicos