O mico mais longo do governo do Paraná na lambança das vacinas é a da Sputnik. Agora há o do início da imunização, porque depende da do dia D e da hora H do general Pazuello. Por isso sempre é melhor não aparecer muito e fechar a boca quanto à data, mesmo mostrando caminhões saindo para distribuir seringas paras os municípios, logística mais que necessária. Mas no caso do famoso ‘entendimento’ com os russos há um atenuante, aqui revelado, pois houve um atravessamento comandado de Brasília que fez aparecer o laboratório União Química e o ‘interesse’ dos russos em roer a corda, pois o combinado em setembro do ano passado com o governdo daquei era para se fazer 10 mil testes e, logo depois, o que foi sugerido pela turma de Moscou não passava de 500, ou seja, tecnicamente inviável para se conseguir a autorização da Anvisa. O fato de o órgão federal ter dado ontem uma banana ao pedido de emergência feito pela empresa farmacêutica brasileira e ao Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), devolvendo os documentos, melhora um pouco a imagem criada pelo açodamento que houve no início dessa história, provavelmente com intenção de ganhar espaço na mídia, o que aconteceu, mas também anabolizou o que veio depois. De qualquer forma, talvez um dia a história com todos os detalhes seja contada, inclusive sobre o momento em que o governador Ratinho Junior, incomodado com tudo, quis chutar o balde – o que seria mais correto, mas não o fez. Outra coisa é que, se alguém queria se esbaldar com o leite com mel de uma transação de milhões, ainda mais com o aditivo do sabor de uma vingançazinha política paroquiana, por enquanto vai ter de esperar, pois parece que a vaca foi passear no brejo.