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Da revista Veja

Anvisa pede mais informações para liberar testes da vacina russa no Brasil

Farmacêutica tem planos de produzir o medicamento no Brasil

Os documentos apresentados pela farmacêutica União Química à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar a realização de testes com a vacina russa contra Covid-19, Sputnik V, não foram suficientes para receber o aval da agência. A reportagem de VEJA apurou que a agência pediu nesta segunda-feira, 4, documentos complementares para conceder tal autorização. A solicitação foi feita em parceria com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia. A farmacêutica afirmou que providenciará os documentos faltantes.

O pedido foi protocolado na última terça-feira, 29, e teria até 3 dias úteis para receber um parecer positivo, ou negativo. Com a necessidade de mais informações, porém, o prazo deixou de correr.

De acordo com dados divulgados pela União Química, a ideia é que os testes no Brasil ocorressem ao longo de 45 a 60 dias. A farmacêutica afirmou que também negociou a transferência de tecnologia (em outras palavras, o segredo de fabricação) do fármaco e afirma que começará a produção ainda neste mês. As unidades envolvidas no processo estão localizadas em Brasília (DF) e em Guarulhos (SP).

No início de dezembro foi divulgado que a vacina tem eficácia em 91,4%, 21 dias após a aplicação da primeira dose. O fármaco já é aplicado em seu país de origem, mas o registro local, realizado em agosto, ocorreu antes que se conhecessem os dados de análise da fase 3, o que gerou críticas na comunidade científica.

O medicamento é aplicado de forma emergencial também na Argentina. Aqui no Brasil, no entanto, o aval de uso emergencial só será concedido às vacinas que realizarem testes com brasileiros. A União Química afirmou, em nota, que pedirá as duas autorizações: a permanente (chamada de registro) e a de emergência “de acordo com as regras da Anvisa”.

Nesta segunda-feira, 4, o Brasil teve médias moveis em 35.559,9 casos confirmados e 713 mortes.

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