6:30NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA PANDEMIA

Prezado Zé Beto: Bom dia, seja lá o que isso signifique. Tenho lido sua vibrante coluna cheia de conteúdo e percebo que as opiniões aqui expostas são de pessoas cultas e sábias. Tenho uma dúvida que me atormenta e gostaria de expô-la aos seus colaboradores, que sempre me pareceram sensatos, cultos e sábios, embora eu já tenha dito isso, mas nunca é demais dizer que uma pessoa é culta e sábia. Minha dúvida prende-se ao problema vacinal que, sim, é um problema, posto que o próprio Chefe de Estado declara que jamais fará uso de tal expediente. Expediente está aqui colocado não como horário de repartição, mas como uma resolução, vamos dizer. Embora viver de expedientes signifique a prática de meios ilícitos, essa não é minha intenção. Mas, estou me estendendo no texto e não disse ainda a que vim. Pois o ocupante – espero que provisório – do Planalto execra a tal vacina que todo o planeta defende e, em seu lugar oferece croroquinhas. Já me decidi em não tomar a tal vacina, de vez que não quero me transformar em jacaré, como o personagem de Kafka transformou-se em barata. O tal Samson deve ter tomado alguma vacina. Mas além da croroquinhas do capetão tem aquele feijão mágico ofertado (ofertado é modo delicado de dizer) pelo pastor Folanodetaw, que você senta em cima e sara da Covid. Devo tomar croroquinhas que até ema bica a gente quando você quer dar (quer dar é maneira de dizer) ou me empanturro de feijoada mágica? Meu abraço a todos os seus colaboradores, e para você, Mestre, meu muito obrigado.

Filme: O PESO DE UM PASSADO (Running on empty), com River Phoenix e Christine Lahti) – Uma ema enlouquecida assume a identidade de um chefe de estado e ameaça explodir o que estiver na frente.

Compartilhe

3 ideias sobre “NELSON PADRELLA

  1. Paul Durão

    Vamos raciocinar um pouco: se eu não tomar a vacina, assumo o risco de contrair covid (é meu direito assumir esse risco). Agindo assim, eu poderia contrair a moléstia e transmiti-la a outros? Sim, poderia transmiti-la a outros que, assim como eu, resolveram não tomar a vacina. Ora, se alguém quer viver sem a vacina, que viva, pois se contrair a doença, só conseguiria contaminar aqueles que também preferiram dizer “não” à vacina. Isto posto, conclui-se que os leite com pera, vacinados, podem viver suas vidas sossegados, na nutelosfera, sem se preocupar com os ogros raiz! Podemos todos ser felizes, não podemos?

  2. nelson padrella

    Muito procedente sua observação, Mestre Paul Durão, Minha dúvida é se, optando pela croroquinhas ou se pela magia do feijão pastoral, também não se corre o risco da metamorfose em outro tipo de animal, como são as codornas, por exemplo. .

  3. SERGIO SILVESTRE,ruim

    Desconfio que esse Paul Durão e irmão daquele ponta direita da seleção inglesa o Paul Molly.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.