6:49NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA PANDEMIA

(*) Pra começar: Alcoolumbre está na mão. O lumbre, não sei; mas o Álcool com certeza.

(*) Achei que precisava levar o Jolim a passear. Peguei a guia, a focinheira e o gato de pano. É esse gato que estimula meu pet a sair de casa. Eu atiro o boneco no meio do lago que existe aqui na Praça Brigadeiro Eppinghaus (um dia ainda há de ter um lago) e o bobinho vai buscar o outro. É saudável estimular nossos cãezinhos a tomar gosto pela vida. Quando peguei a coleira, Jolim me olhou de cima a baixo, me estudando, pegou o boné e me :”Vou comprar cigarro”. E saiu sem me levar.

(*) Atenção! Hoje. Aglomeração das 15 às 18 horas nos jardins do Palácio. Haverá vendedores de hot dogs, barraca de bier e refris, barraca de pipoca. Fica vedada a entrada de idosos. Esses receberão seu quinhão de Covid quando os parentes mais jovens retornarem às casas.

(*) E aaaaatenção: O prefeito de Ilha Bela, aquele recanto paradisíaco, não o prefeito, estou me referindo ao local, levando a sério as medidas restritivas de manter a molecada em casa, diminuiu o número de balsas de acesso ao tal recanto paradisíaco. Teria sido uma medida bastante inteligente se fosse levada em conta a hipotenusa da soma do quadrado dos catetos da população. Cuja população, sabedora que haveria menos barcos, aglomerou-se aos magotes – seja lá o que isso signifique – no local, desobedecendo as normas de segurança que contempla o não pagamento do ingresso às mulheres bonitas. Depois, no retorno às casas, mataram todos os velhinhos da família.

Filme – POCILGA, de Pier Paolo Pasolini. Num cercadinho alhures, o mestre do espetáculo atira pérolas aos poucos.

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