DIÁRIO DA PANDEMIA
* Johnny Weissmuller vivia na selva atarzanando a bicharada toda. A macacada dando a maior força, já que ele era o homem-macaco. Crocodilo marcou bobeira, ele mergulhava, catava o bicho à unha e acabava com ele. Machão. Mais que isso. Ogro. Demolidor. Pra ganhar nota dez só estava faltando fêmea no rebanho de um só. E apareceu a Jane. E apareceram as línguas maledicentes, que acusavam o casal de viver em pecado. Ah! Mas são só amiguinhos, dizia Hollywood. Então, tá bem, disseram as santarronas. Daí, apareceu o Boy. Ohhhh…! E Hollywood teve que explicar que não era nada disso que vocês estão pensando. Que se trata de um piá abandonado na selva, isso acontece com mundo na vida irreal. E a Maureen O’Sullivan fazendo cara de paisagem.
* Conheço Batman e Robin. Mas o Pastor Robson não conheço. Fosse Pastor Robin eu já ia perguntar pelo Batman. Mas o nome é Robson mesmo. Candidato pelo partido Patriotas a prefeito de São João do Rio Claro, Mato Grosso. Uma cidadezinha com menos de 20.000 habitantes. Teve uma votação pífia. Daí, a mulher crenta abriu o verbo contra os fiéis que foram infiéis por não apoiarem o próprio pastor do rebanho. “Seus sem vergonhos!” Gostei do sem vergonhos. Vou anexar no meu dicionovário.(dicionovário – palavra inventada por Millôr Fernandes).
* Já que entrei no assunto, tem a história de outra crenta que, acreditando que quem dá é porque quer dar, deu o carro para sua igreja. Um carro usado, simples, avaliado aí em 5 paus. O pastor esfregou as mãos. “Oh! Como Jesus ficará contente!”. Só que o veículo tinha uma dívida de 9 paus, e se Jesus ficar com o carro vai ter que morrer com mais 4 mil croroquinhas. O pastor foi falar com a doadora. “E agora, como é que a gente faz?” “Ué, faça milagre, oras”.
PENSAMENTO DE HOJE: Hoje ainda não pensei nada.