de Mário Montanha Teixeira Filho
A minha janela para o mundo
vista do outro lado, o mundo,
moldura um rosto cansado
e solitário, o meu.
E o mundo que segue
com seus movimentos apressados,
como se nada houvesse,
o mundo me condena.
Fico só,
roubo um verso de Noel,
ando lentamente
entre as paredes de liberdade
que me restam
e que me salvam,
retomo o silêncio:
as vozes do outro lado,
o mundo,
não me interessam.