Do Analista dos Planaltos
As recentes alterações na legislação eleitoral podem produzir alguns efeitos.
Primeiro, ajudar muito a reeleição dos que já tem mandato, no caso os vereadores.
Explicação: a proibição de distribuição de brindes, colagem de cartazes, pinturas de muros, fachadas de casas e cavaletes, dificulta muito que os novos e sem mandato sejam mais conhecidos.
Tende a desaparecer o candidato geral, ou seja, da cidade toda, e onde sua campanha alcançou.
Por outro lado beneficia os candidatos de bases localizadas em bairros populosos, apoiados por igrejas pentecostais que estão em todas as campanhas – e ex-jogadores de futebol entre outras.
Já os candidatos profissionais liberais como advogados, dentistas e outros terão que buscar votos da classe média, entre seus pares e em clubes sociais e de serviço.
Há uma estimativa que em razão da Pandemia ocorra uma diminuição de votantes.
Cerca de 650 mil votantes são esperados e cada partido ou legenda deve precisar de cerca de vinte e três mil votos para eleger um vereador. A renovação da Câmara Municipal deve ser de uns 14 vereadores .
Os números não batem! Com 650.000 votantes e historicamente 20% de brancos e nulos, teremos apenas 520.000 votos validos divididos por 38 cadeiras, teremos 13.000 votos como quociente para uma cadeira.
Realidade: 1.350.000 eleitores. 25% de abstenções sobraram 1.0012.000 com 20% de brancos e nulos e teremos 809.000 votos validos. Divide pelo numero de cadeira 38 e teremos 21.000 votos!
Para um quociente de 23.000 temos que ter perto de 880.000 votos validos.