19:34dúvida contemplativa

de Oberlan Rossetim

Nisso que me chamo Eu
Não sei de qual lábio saio nem em qual ensaio pousarei.
Ensaio, duplo.
Aqui dentro, nunca saio.
Sou aquilo que contém.
Espelhos múltiplos, a Física Hermética.
Teoria Quântica em dobro, resto de quantidade.
Qualidade bruta daquilo que realmente é.
Lua-Vazio: A Sombra.
De onde me olho.
E a flor continua esquivando-se do mar.
Não quer completude.
Um botão desabrocha, mas parte de mim continua rocha.
Há o mar, onde estou distraído.
Faço fila na inquietude, como se compondo um chão de onde pular.
O mar há.
Não há o medo.
Remar.
Para o avesso.
Depois da primavera tudo o que é primeiro.
O casamento das pétalas onde fui Núcleo e das Águas onde furei-me, todos.
Cheguei.

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