de Oberlan Rossetim
Nisso que me chamo Eu
Não sei de qual lábio saio nem em qual ensaio pousarei.
Ensaio, duplo.
Aqui dentro, nunca saio.
Sou aquilo que contém.
Espelhos múltiplos, a Física Hermética.
Teoria Quântica em dobro, resto de quantidade.
Qualidade bruta daquilo que realmente é.
Lua-Vazio: A Sombra.
De onde me olho.
E a flor continua esquivando-se do mar.
Não quer completude.
Um botão desabrocha, mas parte de mim continua rocha.
Há o mar, onde estou distraído.
Faço fila na inquietude, como se compondo um chão de onde pular.
O mar há.
Não há o medo.
Remar.
Para o avesso.
Depois da primavera tudo o que é primeiro.
O casamento das pétalas onde fui Núcleo e das Águas onde furei-me, todos.
Cheguei.