8:27NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA PANDEMIA

(*) Diz-que foi assim: O chefe da casa chegou para jantar.

– Boa noite, querido – diz a patroa. O jantar sai em um minuto. Fiz aquela Tripa à Pinochet, que você adora.

– Mas tinha que tirar a surpresa, tinha? Não sei onde estou que não te encho a boca na porrada.

A dedicada esposa volta-se para os filhos:

– Ih! Meninos! Eu disse que andar com aquela ema não ia fazer bem pro seu pai.

(*) Tirei a viseira da minha asna e soltei no potreiro. Livre dos arranjos, ela olhava para todos os lados e aprendia coisas. Aprendia por exemplo que a Terra é plana como um imenso pasto com um capão de pinheiros. Olhava mais e aprendia mais. No entanto, nunca deixou de ser asna. Asna alfabetizada; mas, asna.

(*) Dinheiro tá sobrando mesmo, vamos torrar em quê? Só da venda de croroquinhas dava para comprar um satélite. Satélite, que boa ideia. Acho que vou comprar um satélite pra gente ir verificando o quanto estamos desmatando na Amazônia. Com sorte, o tal aparelho há de localizar a plantação de legumes, verduras e frutências plantadas por aquele militar, de que falamos anteontem.

FRASES HISTÓRICAS DO PARANÁ: “Uma ou duas?” – proferida no interior do Bar Mignon, na Rua das Flores, pelo chapeiro que queria saber quantas vinas o freguês ia aceitar no cachorro-quente.

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