DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Colaborando com a Sanepar em sua política de economia de água denunciei o capitão do ofurô por gasto excessivo de banho. Fiz a denúncia anonimamente e, no mesmo dia (ontem), vieram capturar o maldito aparelho. Quero ver agora aqueles dois ofurarem com a minha água.
(*) Não ponho o nariz fora de casa para nada. Saio raras vezes, mas só a altas horas da madrugada, a percorrer o corredor vazio. Às vezes escuto um ressonar a três quando deveria será a dois, mas eu não tenho nada com isso, contanto que não usem ofurô depois da festa.
Nesses passeios pelas madrugadas encontro pelo caminho gatos e cachorros de antigamente, pombas, coelhos e, uma vez, um porco do mato. Não sei por que, mas imaginei aquele tateto a se ofurar com o capitão em seu redil, os dois numa sem-vergonhice aquática, e tive um acesso de riso. De dentro do apartamento onde eu havia detectado três respirações em vez de duas veio a voz de um fantasma: “vai dormir, rapaz”!
(* ) Me inscrevi no Curso de Lavar as Mãos. São aulas não presenciais. Já estou conseguindo lavar três dedos, vamos ver se até o fim do mês aprendo a lavar a palma, que exige mais concentração. Em um mês de aula, se tanto, terei aprendido finalmente a tomar banho. A essas alturas, com certeza, estarei estreando meu ofurô. Modelo individual, que não estou aí para coisa.
FRASES FAMOSAS DA HISTÓRIA DO BRASIL: “Truco!” – disse Lula da Silva em cima do gato do investigador Moro.
Não entendi a pomba e o cateto,o único animal corredor é o coelho,os outros dois são lentos e gostam de escadarias com corrimão dos dois lados.