DIÁRIO DA PANDEMIA
Assim como o gato anterior, Moisés II desapareceu. Procurei até na lixeira. Encontrei foi um filhote de cachorro, que acabei trazendo para dentro. Logo mostrou ser um animal inteligente: entendia tudo o que eu falava. Eu também entendia tudo o que ele falava. A gente só divergia quando o assunto era Política.
Decidi batizar meu amigo cachorro com o nome de Moisés. Ele perguntou “por que Moisés?” Não soube responder. Me disse que preferia um nome mais cristão; assim: Rex. Mas Moisés não tinha cara de rei. “Vou te chamar de Cloroquina. Que tal?” Me olhou com olhos mansos e respondeu com outra pergunta: “Tenho cara de palhaço?”.
Enfim, chegamos a um resultado a respeito do nome do meu fiel companheiro. “Me chama de Jolim” – ele pediu. Fiquei triste, lembrando daquele portão aberto na infância por onde o animal escapou. Disse para ele: “Jolim não existe mais”. Ele ficou segurando por um momento o que estava para dizer, depois disse: “E você acha que eu existo?”.
Bom, ficou Moisés mesmo. A dúvida era se seria Moisés III ou só Moisés, posto que se tratasse de outra categoria de amigo.
ENQUANTO ISSO, EM PALÁCIO…
ENTREVISTA COM A EMA.
Coube a mim entrevistar aquela senhora. É uma ave, mas depois do beijo ganhou status de “protegida”. Ela estava no cercadinho esperando o moço, sabem de que moço estou falando.
Abri o papo (se bem que quem tinha papo ali era ela): “Mas, que chique! Vai aparecer no dinheiro!Agora não pode morder mais ninguém…
– Ele que provocou.
– Como, assim?
– Foi exatamente isso que ele me disse.
– Não, querida, esse como aí não é verbo.
– Eu sei. É verba. Sou ema, mas sou limpinha.
Padrella,passando a “pandemia” seu diário poder ter o nome de “arca de noé”rrsrsrsrsrs