por Mário Montanha Teixeira Filho
Quantas mortes poderiam ter sido evitadas?
Quando tudo acabar, o mais provável é que a pergunta se apague, esquecida num canto poeirento da história. Não haverá culpados. Os que cultuaram a peste com honras militares, negaram a existência de corpos empilhados em valas improvisadas, espalharam mentiras, perdigotos e ilusões de cura, os insensíveis à tragédia, os individualistas, os alienados, os hipócritas, todos eles seguirão o caminho traçado, a normalidade egoísta. Não lhes interessa – nem lhes interessará – saber quantas mortes poderiam ter sido evitadas.
Aos poucos (agora, já), a pergunta murcha, se apaga, como se apagam vidas aos borbotões. E daí? – disse o monstro. E daí? – o rebanho fez eco. Nova era, deuses cruéis, castigos exemplares. Simples assim: venerar a treva ou deixar de ser. Ninguém contabilizará quantas mortes poderiam ter sido evitadas.
O cenário do horror, eis aqui – o triunfo da vingança, a destruição.
Perfeito, Da Montanha! “Monstro”?! Perfeito também.
Que humor do cão, hein… Tem gente demais se recuperando rápido da gripe, né? Principalmente aqueles a quem desejais a morte.
Alem do GADO conta com policia federal e militar particular,ai fecha tudo e bombardeia,
Excelente crítica! Parabéns ao blog por dar espaço a textos de tal qualidade!