DIÁRIO DA PANDEMIA
- Deixaram um filhote de gato na minha porta, dentro de um moisés. Querem arranjar mais trabalho para mim. Gato voa? A janela aberta sugeria um adeus. Acabei ficando com ele. Chamei de Moisés.
- A síndica e a mulher da limpeza passaram em baixo da minha janela, as duas usando máscaras. Falei para que elas ouvissem: “hum-hum, vão assaltar algum banco?” Não foi uma crítica, foi só uma observação.
- Fixei um anúncio na minha porta: Hoje! Farta distribuição de pontes de safena. Venha de peito aberto.