11:31PARA JAMAIS ESQUECER

Castilho, goleiro da seleção brasileiras nas Copas de 1950, 54, 58 e 62

Da coluna “Que fim levou”, com texto de Rogério Micheletti e colaboração do pesquisador Sérgio Trigo

Ele era conhecido pelo apelido de “Leiteria”. Além de ser bom tecnicamente, Carlos José Castilho, o Castilho, era um goleiro que costumava ter sorte. Não era raro a trave ajudá-lo quando ele defendia o Fluminense nos anos 40, 50 e 60.
O carioca Castilho nasceu no dia 27 de novembro de 1927 e o futebol o perdeu no dia 2 de fevereiro de 1987, quando se atirou de um prédio, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma crise amorosa.
Castilho começou a carreira no Olaria (RJ), onde chegou a jogar até como ponta-esquerda. Pelo Flu, ele realizou 702 jogos e sofreu 808 gols. A estréia foi contra o Fluminense de Pouso Alegre (MG) pelo time de aspirantes. Firmou-se como titular em 1948 e foi campeão carioca de 1951, 1959 e 1964 e do Rio-São Paulo em 1957 e 1960.
O amor ao clube e também ao futebol era tanto que Castilho chegou a amputar a ponta de um dedo para se recuperar mais cedo de uma contusão. “Ele queria jogar partidas decisivas pelo Fluminense e não teria condição de se recuperar normalmente. Amputando um pedaço do dedo seria mais rápido”, conta o jornalista Michel Laurence. Pela Seleção Brasileira, Castilho participou dos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962. Foi titular apenas em 1954, na Suiça. Em 1950, Castilho foi reserva do vascaíno Barbosa. Em 1958 e 1962, o “Leiteria” ficou no banco de Gylmar dos Santos Neves, que do Corinthians se transferiu ao Santos Futebol Clube.
Mesmo com apenas 1m81 de altura e daltônico, Castilho foi um dos melhores goleiros da história do futebol nacional. Também se destacava na hora das penalidades, tanto que chegou a defender seis pênaltis no ano de 1952. Encerrou a carreira em 1965 no Paysandu Sport Club de Belém do Pará, mas não conseguiu se desligar do futebol. Estudioso, Castilho também foi um importante treinador. Destacou-se principalmente comandando o Operário (MS), onde comandou o atacante Lima (ex-Corinthians e Grêmio), e o Santos.

No time da Vila, inclusive, ele foi campeão paulista de 1984.
O Santos tinha como base: Rodolfo Rodríguez; Chiquinho, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Toninho Oliveira (Gilberto Sorriso); Dema, Lino e Humberto; Paulo Isidoro, Serginho e Zé Sérgio. O alvinegro da Vila derrotou o Corinthians, no Morumbi, por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa e comemorou o título.
Castilho é lembrado com carinho pelos comandados daquele time santista, principalmente pelo meia Humberto Suzigan. “Ele foi o melhor técnico que eu conheci. Foi uma pena o futebol ter ficado sem ele”, comenta Humberto, o camisa 10 do Peixe naquela conquista.
Em 1987, Carlos Castilho, que era carioca do Rio de Janeiro (RJ), onde nasceu no dia 27 de novembro de 1927, passava por problemas particulares. Entrou em depressão e morreu ao pular da cobertura do prédio de sua ex-esposa, em Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro.
Castilho deixou cinco netos e dois filhos, um homem (Carlos) e uma mulher (Shirley), ambos de seu primeiro casamento. Sua primeira esposa (Vilma Lopes de Castilho) está viva e reside no Rio de Janeiro.
O filho de Castilho, Carlos Roberto Lopes de Castilho, é executivo da Diretoria de Empresas da Cielo, líder do setor de pagamentos eletrônicos com máquinas de cartões de crédito e débito.

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