16:14Trombada dos ônibus com a ACP

Do portal da rádio Banda B

Ônibus estavam funcionando com curva controlada, negócios não, respondem empresas à ACP

Na nota, as entidades criticam recentes manifestações do presidente da ACP, Camilo Turmina.

Um dia após a Associação Comercial do Paraná (ACP) pedir rigor no controle de lotação do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, o Sindicato das Empresas de Ônibus (Setransp) e a Associação Metrocard rebateram o posicionamento em nota enviada à imprensa no começo da tarde desta sexta-feira (19). Na nota, as entidades criticam recentes manifestações do presidente da ACP, Camilo Turmina.

“O transporte coletivo estava funcionando quando a Covid-19 estava controlada. A curva mudou quando a atividade foi sendo retomada e muitos aproveitaram para abrir seus negócios não respeitando o horário estipulado de funcionamento. Isso causou aglomerações, e a culpa, em vez de ser no modo errado de utilização do transporte, cai sobre quem está prestando um serviço essencial”, diz a nota da Setransp.

Para os empresários de ônibus, Turmina tem tomando o transporte coletivo, “sem qualquer embasamento”, como vilão da transmissão do novo coronavírus. “O que precisa ficar claro é que os ônibus fazem um serviço essencial, levando profissionais da saúde aos seus postos de trabalho, onde lutam contra essa pandemia e salvam vidas. Até por isso, agora esses profissionais terão preferência na hora do embarque”, destaca a nota.

Ainda na nota, Setransp e a Metrocard dizem que acreditam na importância do transporte coletivo como aliado no combate contra o novo coronavírus. “Por isso, mantêm a frota higienizada, cuidam de seus colaboradores, pedem a colaboração dos passageiros quanto ao uso inteligente do serviço e estudam todos os dias, junto com seus respectivos órgãos gestores, formas de evitar aglomerações. E assim vão continuar, apesar das críticas infundadas”, conclui a nota das empresas de ônibus.

ACP

Na quinta-feira (18), também em nota, o presidente da ACP, Camilo Turmina, afirmou que o setor do comércio está consciente da gravidade da pandemia em Curitiba, com risco real de falta de UTIs, caso a curva ascendente não seja controlada, e pediu rigor nas medidas para acabar com a lotação no transporte coletivo.

Para Turmina, é preocupante a situação apresentada em veículos de comunicação, com ônibus lotados em vários pontos da região Metropolitana. A ACP informou que recebeu denúncias de empresas associadas de relatos de seus funcionários sobre descontrole e lotações em ônibus e que, em muitas linhas, as empresas não estão conseguindo cumprir as determinações sobre o limite de passageiros.

“Terá que haver mais fiscalização e se buscar uma solução conjunta. A imprensa mostra que as aglomerações são frequentes nos ônibus que atendem as cidades da região metropolitana de Curitiba. Terminais e ônibus lotados certamente são hoje o grande foco de disseminação da Covid-19. Nosso temor é que, se não houver controle desta situação no transporte coletivo as autoridades acabem decidindo fechar tudo”, disse.

A ACP se posicionou contrária a paralisação temporária do transporte coletivo, já que entende que a prefeitura e as empresas dispõem de meios para evitar as lotações. A entidade sugere que haja reforço nas linhas de maior demanda, com o uso de ônibus de reserva técnica ou de veículos de linhas onde há maior ociosidade.

O presidente da ACP informou ainda que solicitará às autoridades que reavaliem a proibição de funcionamento do comércio aos sábados. “A autorização para abertura das lojas ajudaria a mitigar, para os comerciantes, os duros efeitos da pandemia em seus negócios e não haveria riscos de aumentar aglomerações, pois se trata de um dia normalmente de baixa movimentação no comércio”, aponta a nota da ACP.

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2 ideias sobre “Trombada dos ônibus com a ACP

  1. Vander

    No Sindicato das Empresas de Ônibus e na Associação Metrocard eu acredito, é verdade esse bilete!

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