por Claudio Henrique de Castro
Calígula, imperador Romano, reinou de 37 a 41 depois de Cristo.
Ele amava seu cavalo Incitatus (impetuoso). Nomeou-o Consul.
Incitatus passou para a história como um excelente cavalo de corrida. Calígula ordenava absoluto silêncio em Roma na noite após as corridas equestres – para que Incitatus pudesse dormir o sono dos justos.
Se alguém fizesse barulho em Roma, seria condenado à morte.
Essa história poderia ser repetida.
Imaginem um presidente cavalo, assim como alguns deputados, senadores, governadores, prefeitos ou vereadores?
A política seria muito mais transparente e sincera.
E a pandemia presidente? Incitatus responderia com um relincho.
E a corrupção senador? Ele bufaria e balançaria a cabeça.
Caso alguém perguntasse algo que o cavalo não gostasse, ele seria direto: – dava um coice em seu interlocutor.
Nas comemorações nacionais o cavalo presidente e os seus aliados trotariam em grande estilo em meio às multidões.
A população votaria em peso nele e os tribunais aprovariam seus atos.
O presidente cavalo, ou cavalo presidente, governaria o Brasil por longo período. Ele e seus assessores.
Após a sua morte seria erguido um enorme monumento em Brasília. Suas fotos oficiais seriam eternizadas nas repartições públicas.
Mas, o governo de Incitatus tupiniquim, poderia ser interrompido?
Somente se as pessoas lúcidas acordassem e percebessem os descalabros da sua gestão equestre, entre relinchadas e coices, pela indiferença na morte de milhares de vítimas de um vírus que assolava o país.
Meu cachorro – um burriler – é mais inteligente que muitos humanos. Costumo dizer que gestão de pessoas pode ser equiparada a gestão de animais.
O Presidente é a reencarnação do incitatus