DIÁRIO DA PANDEMIA
- Tirei o dia para andar a cavalo. Ia da sala à cozinha, tomava o corredor, avançava até a sala. Mas, como não tenho cavalo aceitei montar nesta lhama que eu trouxe da Bolívia. Tudo corria muito bem até o momento que ela voltou-se para mim e perguntou “como te llamas”.
- A Branca de Neve trocando de roupa na minha frente não me incomoda. O que incomoda são esses anõezinhos gritando em coro “Tira! Tira!”.
- As galinhas de Angola invadem meu quarto e insistem no seu “tou fraco tou fraco”. Os perus respondem com gluglus, os sapos coaxam na cozinha. Só me falta agora aparecer aquela sucuri que vi em Bonito, e…pronto! Pra que fui falar? Agora não falta mais nada.