A Associação Comercial do Paraná (ACP) agora oferece um número de WhatsApp e um email para que a população denuncie estabelecimentos que não cumpram o horário de funcionamento das 10h às 17h na pandemia. “Com saúde não se brinca”, disse o presidente da entidade, Camilo Turmina. Ã? Primeiro, foi a ACP a ponta de lança para a reabertura do comércio e a prefeitura de Curitiba assinou embaixo através de regulamentação da Secretaria Municipal da Saúde. Agora que o número de casos de infectados começa a crescer, está todo mundo em cima da corda bamba praticando o bambolê, porque se a coisa explodir, vão ter de assumir a responsabilidade. Turmina joga para a plateia olhando e criticando a situação do transporte coletivo, como se os funcionários das lojas, shoppings, etc, e os consumidores ficassem esperando ônibus vazios para ir de casa até os estabelecimentos. Sobre a criação dos canais de denúncia, também parece piada pronta, como as da nota abaixo. Um sábio do Centro Cívico leu e começou a rir: “Criaram um disque-denúncia contra os próprios associados?”.
A turminha sabia dos efeitos deletérios ao romper barreiras do isolamento. Irresponsáveis, porém, isentos de penalidades ou sanções por exigências de garantir o negócio, independente de expor a vida ao risco.
Somos insignificantes, apenas números com ciclo interrompido por decisões que colocam os negócios acima da inestimável vida. Serão condenados e culpados pelas estatísticas, apesar dos pesares, dos pêsames.
Os nutellas acham que trabalho é coisa de nazista, e querem ficar “em isolamento social” dispondo de água, energia elétrica, internet, netflix, delivery de comidinhas e um sem-número de produtos. Molezinha. Nem imaginam o número de bravos que estão na luta diária para manter o país funcionando. Portanto, nutellas, se querem se isolar, que tal abrir mão do conforto e da comodidade? Vão viver nas cavernas e caçar o próprio alimento, pombas! Ah, mas assim a modinha perde a graça, né?
O Jeremias o seu Jair assim como a maioria dos empresários que explora a mão de obra operária, definem a vida como se dependente de um pacote de ração.
Pois, acham que heróis são os destemidos que pegam ônibus, abrem o comércio e recebem o mísero salário de fome.
As perspectivas são outras, como devemos estar preparados para o amanhã incerto.
A sociedade se viu abandonada e explorada por um governo que deveria proteger mas sentimos todos escravos.