Um vizinho daqui do condomínio ia saindo sem máscara e eu o abordei: ” cadê a máscara, rapaz? ” Ele me disse que não precisava usar máscara porque estava fazendo como Israel. “Você conhece algum caso de Coronavírus em Israel? E no Libano?”. Respondi que não conhecia. Como também não conhecia incidência do vírus em Lietcheistein, nem na República de San Marino e nem nas Ilhas Malvinas. ” Pois estou fazendo como fazem em Israel e no Líbano. De manhã cedo misturo um limão e uma colher de Eno com água e isso limpa tudo e não deixa o vírus entrar” . Fiquei imaginando com que velocidade estamos retornando à Idade Média. Em 1918, durante a Gripe Espanhol, ninguém sabia como proceder. Os microscópios não tinham capacidade para “ver” o vírus, a vacina ainda não havia sido inventada. Quando a Malária aparecia, dá-lhe Quinino. Ora, se Quinimo funcionava com Malária, por que não com “essa gripezinha?”. Deu no que deu: das 500 milhões de pessoas infectadas morreram de 60 milhões a 100 milh~ees. Nem sei porque estou falando isso. Ia falar de cloroquina, mas acho água, limão e Eno mais simpático.