Do correspondente em Brasília
A deputada Carla Zambelli tem o marido junto na imagem do whatsaap, o coronel Aginaldo de Oliveira, da PM do Ceará. Eles casaram-se em fevereiro. Sergio Moro foi padrinho.
Ela pede para Moro aceitar, “por favor”, a nomeação de Ramagem, da ABIN (ela escreveu Ramage). Ou seja, o nome do diretor da ABIN já estava definido. A mensagem da deputada desmente Bolsonaro, que falou em chegar a consenso, até em fazer sorteio de nomes (ia colocar três papéis Ramagem no pote?).
Carla ofereceu o STF a Moro em troca da nomeação de Ramagem. Ela desmente novamente Bolsonaro, que disse que Moro queria barganhar a nomeação do novo diretor pela indicação ao STF. A proposta veio da aliada do presidente.
Moro é taxativo: “Não estou à venda”, o que também desmente Bolsonaro.
A deputada diz que sabe disso. Mesmo assim faz a proposta a seu padrinho de casamento, que agora chama de maligno.
Obviamente Carla estava a mando de Bolsonaro nesta conversa com Moro.
Fica a dúvida o que Carla quer dizer com: “milhões de brasileiros vão se desfazer” (se desfazer de Bolsonaro?)
Entre o padrinho de casamento e o padrinho político, a deputada escolheu o segundo.